Como se sabe, quanto mais relvados existirem numa cidade, mais esta é considerada de “último grito”. Uma grande quantidade de relvados numa cidade é sinónimo que esta aposta nos espaços verdes de qualidade, na sustentabilidade e ecologia.
Não posso concordar mais com os fantásticos relvados nas nossas rotundas portuguesas, estas sempre bem tratadas, cheias de velhinhos e crianças a brincar alegremente no sossego típico destas rotundas urbanas.
Exemplo disso é a Rotunda da AIP no Porto. Temos um fantástico relvado com mais de 2000 m2 onde o cidadão pode descansar calmamente sem que qualquer viatura (seja ligeira ou pesada) o incomode.
Ainda mais bem pensado, principalmente pela sua utilização, é a colocação de relvados em vez de prados, pois como se sabe o prado tem pouca manutenção (e é necessário dar trabalho às pessoas), “o povo não estão preparado para os prados” e ainda por cima aqueles não consomem água (seria ridículo não gastar água, pois não custa quase nada e há água com fartura).
Para mostrar aquilo que digo apresento estes dados mais específicos e tomado, como exemplo, uma rotunda com 2000 m2 de relvado bem tratado:
Nº Intervenções:
Relvado: 26 a 40;
Prado: 1 a 4.
Quantidade de água ano:
Relvado: 2.190.000L;
Prado de Sequeiro: 0L.
Sendo assim não entendo qual é a ideia de algumas pessoas que pretenderem prados em vez de relvados, não entendo porque dizem que os relvados não têm qualquer utilização nas rotundas, não entendo porque dizem que a mão-de-obra pode descer vertiginosamente nos espaços verdes públicos optando pelos prados, não entendo porque dizem que os relvados são contaminadores devido à quantidade de adubos que são aplicados, não entendo qual a sua preocupação com a água, como se esta fosse acabar amanhã. Não entendo como este País chegou onde chegou!!!?Simplesmente… não entendo!!!
Por isso fica aqui o meu protesto.
Não aos prados!!!
Sim aos relvados (principalmente nas rotundas com grande tráfego)!!!
Fotos: Google maps, A. Pereira Jordão, do autor.
